W4LKER

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Um sopro fresco em um dia quente

Sobre essa iniciativa

Esse blog é cem por cento em HTML — a linguagem original da web, ainda online para quem quiser ver. Não foi muito difícil de fazer, e eu contei com a ajuda de muitas pessoas para isso. A cooperação entre desenvolvedores e programadores é um dos pilares de tudo o que a internet foi e pode voltar a ser.

Não exagero quando digo que a profundidade do compromisso com a transparência e da transparência com o compromisso — assim como da relação igualitária e generosa em termos de divisão de conhecimento no meio do desenvolvimento e programação é uma das coisas mais legais dos nossos tempos (obrigado Jan Raasch pelo repo).

O meio da tecnologia não só cresceu em complexidade, mas também meios de lidar com essa mesma complexidade; claro, saber inglês ajuda, mas nem precisa saber muito — proficiência em leitura costuma ser suficiente. Mas o inverso também é verdadeiro — saber inglês ou usar a internet por muitos anos não te faz apto a trabalhar com tecnologia da noite para o dia.

Eu que o diga, pois pensei que passaria por uma curva de aprendizagem mais suave quando pensei, porque não, em usar o github pela primeira vez para aproveitar de seu recurso de páginas com domínio personalizado grátis. Mas aprender uma linguagem de programação do nada é algo ridiculamente cansativo, e ainda estou sofrendo um pouco com isso, tendo saído do jekyll para o hugo para criar páginas estáticas — e passei a admirar muito mais quem trabalha com tecnologia porque haja paciência para lidar com coisas tão sem vida e completamente sem imaginação como o código.

Foi há coisa de dois meses atrás que eu tive a ideia de criar meu proprio blog, mas parece bem mais, e eu vinha de leituras sobre jardins digitais então, e sobre o manifesto de alguns programadores em um retorno ao tempo mais simples da internet dos anos noventa; foi quando conheci então o bearblog e o mataroa (graças ao Manual do Usuário). Foi também mais ou menos nessa época que comecei a usar o Obsidian e queria tudo aquilo no meu mais novo blog que se chamaria w4lker ponto com ponto br. O manifesto do bearblog é legal, mas foi só semana passada que ri alto lendo um manifesto bem mais pancada: motherfuckingwebsite.com.

Menos é mais

Agora eu escrevo aqui. Um site grátis e que foi personalizado por mim. O que posso pedir mais? Se minhas necessidades são simples o meio também pode ser — senão para mim, que passo mais horas que o recomendável tentando arrumar o html como me pede o web.dev para ter nota 100 em todos os quesitos (e até o momento tenho), o mesmo não precisa acontecer para o usuário. Para ele ler cinco minutos de texto só se precisa clicar no link que leva ao texto e ler. Simples e eficiente, ainda que não elegante como o medium.com ou outros. Mas também o usuário não gasta tempo ou internet que não precisa, e, mais importante, não é seguido, categorizado, não tem cookie, não tem tracking. É só texto.

O futuro da web é a simplicidade do HTML? Pode ser, mas não posso prometer ficar só nisso — como mencionei antes, tive a ideia de manter um jardim digital onde eu colocaria minhas notas de estudo e pesquisa, minhas ideias e epifanias, através de um processo de compartilhamento público de aprendizagem de toda vida. Nesse jardim eu uniria o útil manter as notas salvas ao agradável de continuar a aprender. Existem muitos exemplos disso na internet, mas minha primeira tentativa usando um repositório em jekyll não deu muito certo. Decidi focar nesse blog primeiro antes de começar novamente. Desta vez com um dispositivo javascript no gatsby. Mas isso não é para agora, pois ainda quero cuidar do blog, que ainda estou só começando a estruturar. Nesse blog eu terei os textos antigos do medium assim como os novos textos. Esses textos deveriam sair semanalmente por todo o tempo que me restar de vida; é esse, afinal, um projeto de vida toda — um dos dois ou três projetos que tenho de vida toda, incluindo aí ler o máximo de literatura que eu conseguir ler e viajar o máximo que puder com minha esposa. Se vai dar certo e vou conseguir, bem é outra história.

Conclusão

Eu não sou developer, não sou web designer, não sou programador nem nada disso. Minha formação acadêmica é em Filosofia (UFMT, 2016) com provável mestrado em Cultura Contemporânea (UFMT, 2022). Também tenho uma graduação com 75% concluída em Geografia. Sou, isso sim, curioso. Nos textos que você encontrar aqui isso ficará cada vez mais evidente, eu suponho. Vivo em Cuiabá, capital do Mato Grosso já fazem uns bons anos. Foi aqui que conheci a minha esposa e muitos dos meus amigos. Temos no momento um total de onze (11) gatos e muitas plantas no quintal. Minha atividade favorita, se levar em consideração a quantidade de tempo e recursos investido, nessa ordem, pedalar, meditar, jogar e ler. De certa forma esses mesmo hobbies definirão também as matérias principais de meus textos, coisas que gosto de falar sobre, e por isso já dou um breve resumo de cada:

MUITO LONGO; NÃO LI NEM LEREI

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